ESPECIES CATALOGADAS

                                      xxxxxxxxxxxxxxxxxxxCasca-fina

Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzPouteria sp

Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Pouteria sp. obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Sapotaceae
Espécie: Pouteria sp

Informações sobre a Espécie

Origem. Nativa.

Forma de vida e substrato. Arbusto, árvore terrícola.

Endemismo. Não é endêmica no Brasil.

Domínios Fitogeográficos. Vegeta nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa.

Tipos de vegetação. Floresta estacional semidecídual, floresta ombrófila (= floresta pluvial), vegetação sobre afloramento rochoso.

Coleta. Reserva Ambiental “Newton Martins Barbosa”, do ISAM, em Pedreiras (MA).

Identificação botânica. Laboratório de Botânica-Herbário da Embrapa Amazônia Oriental, em 01.06.2012.


Embira
Luchea speciosa

Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Luchea speciosa Willd. obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Malvaceae
Espécie: Luchea speciosa Willd.




 Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA

Informações sobre a Espécie

Origem. Nativa.

Forma de vida e substrato. Árvore terrícola.

Endemismo. Não é endêmica no Brasil.

Domínios Fitogeográficos. Vegeta nos biomas Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

Tipos de vegetação. Floresta semidecídua.

Coleta. Reserva Ambiental “Newton Martins Barbosa”, do ISAM, em Pedreiras (MA).

Identificação botânica. Laboratório de Botânica-Herbário da Embrapa Amazônia Oriental, em 01.06.2012.


Pau-d’arco-do-campo
Handroanthus ochraceus

      Taxonomia e Nomenclatura

De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de  Handroanthus ochraceus obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)

   Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA                                                            

                                                                   Família: Bignoniaceae
                                            Espécie: Handroanthus ochraceus (Cham.)Mattos

 Características Morfológicas, Ecológicas e Fenológicas

Morfologia. Altura de 6-14 m, com tronco tortuoso de 30-50 cm de DAP. Folas compostas 5-folioladas, densamente pilosas de 4-9 cm de comprimento por 3-5 cm de largura. Inflorescência em panículas terminais. Frutos cápsulas.

Ecologia. Planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica do cerrado situada em solos bem drenados. Dispersão uniforme e bastante frequente, ocorrendo principalmente em formações secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, facilmente disseminadas pelo vento.

Fenologia. Floresce a partir do final do mês de julho, prolongando-se até setembro com a planta totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem a partir do final de setembro até meados de outubro.

Ocorrência. No cerrado e nas zonas de transição entre a floresta pluvial e o cerrado. Característica do bioma do Médio Mearim.

Informações Fitotécnicas e Utilização

Obtenção de Sementes. Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Deixá-los ao sol para completarem a abertura e liberarem as sementes. Um kg contém cerca de 72 mil sementes. A longevidade é inferior a 90 dias.

Produção de Mudas. A germinação se inicia logo após as sementes colhidas. Colocá-las em canteiros ou embalagens individuais com substrato organo-arenoso. A emergência ocorre em 10-15 dias com taxa de germinação superior a 80%. Transplantar as mudas para embalagens individuais quando alcançarem 3-5 cm. O desenvolvimento das mudas é rápido, podendo ir para o plantio em cinco meses.

Utilização. A madeira é usada na construção civil e também na marcenaria. Por seu florescimento exuberante é indicada para arborização urbana. Como planta adaptada a terrenos secos é útil para regeneração de áreas alteradas.

   Pau-de-onça

Martiodendron parviflorum















 Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA
Taxonomia e Nomenclatura

De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Martiodendron parviflorum obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Leguminoseae - Caesaipinoideae
Espécie: Martiodendron parviflorum (Amshoff) R. C. Hoeppen

Características Morfológicas, Fenológica e Distribuição

Morfologia.  Árvore com 30-35 m de altura e 20-80 cm de DAP, as vezes com raízes sapopema de 2-4 m de altura. Folhas alternas, curto-pecioladas, 13-24 cm de comprimento; pecíolo delgado, variando de 1,1-4,1 cm de comprimento. Inflorescência com 15-25 cm de comprimento, 10-18 cm de largura. O fruto é uma sâmara avermelhada quando madura

Fenologia. Floresce de janeiro a setembro, com pico de floração nos meses de junho e agosto. Frutifica de abril a outubro.

Distribuição. A espécie apresenta-se no Suriname e no Brasil nos estados (AM, PA, AP, RO, MA, PI, MT, GO). Vegeta as margens dos rios na floresta de várzea e também de terá firme.

OBS: mais estudos são necessários sobre esta espécie, nesta região, a respeito das características morfológicas, fenológicas, silviculturais e sua utilização.



Esponjeira
Chloroleucon acacioides




 Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA
Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Chloroleucon acacioides obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Leguminoseae (Fabaceae) – Mimosoideae
Espécie: Chloroleucon acacioides (Ducke) Barneby & J. W. Grimes

Características Morfológicas e Ecológicas.

Morfologia. Árvore com 10 m de altura. Folhas bipinadas. Flores curtamente pediceladas e sésseis. Fruto legume mucoide 36-45 mm de comprimento, 10-15 mm de largura, helicoidal com suturas sinuosas e irregulares entre as sementes, e estrias oblíquas sobre as faces, coriáceo, castanho, glabro, ápice e base aguda, margens delgadas e onduladas.

Ecologia. A espécie cresce em restinga, margem da floresta. Nas restingas do Pará, a espécie é encontrada na formação aberta de moitas, campos de dunas, brejo herbáceo e floresta de restinga.

Distribuição. A espécie floresce no Suriname, Guiana Francesa e Brasil nos estados (AP, AM, PA, MA, CE, PB, PE, MT, GO).

OBS: mais estudos são necessários sobre esta espécie, nesta região, a respeito das características morfológicas, fenológicas, silviculturais e sua utilização.




Mufumbo
Campomanesia lineatifolia

Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Campomanesia lineatifolia obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Myrtaceae
                                                                Espécie: Campomanesia lineatifolia Ruiz & Pav.
 Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA

 Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.

Morfologia. Altura de 5-10m, copa larga e baixa, fuste curto e ligeiramente sulcado de 20-30cm de diâmetro, revestido por casaca parda com ritidoma papiráceo (formação de casca que descama em profusão e consistência firme, mas flexível). Folhas simples, ovaladas e elípticas, de ápice agudo e base arredondada, com nervuras secundárias proeminentes na face inferior, de 12-16cm de comprimento por 4-8cm de largura. Flores brancas, bissexuadas, diclamídeas (com cálice e corola no mesmo verticilo), geralmente solitárias ou reunidas em pequenos fascículos axilares. Fruto baga subglobosa (fruto carnoso com várias sementes e formato circular, mas levemente deformado), achatada, de até 140g, com polpa doce-acidulada, contendo 8-10 sementes discoides.

Fenologia. Floresce durante os meses de setembro-outubro. A maturação dos frutos ocorre de janeiro a março.

Ecologia: Ocorre na região amazônica na floresta pluvial de terra firme. Planta perenifólia, heliófita e seletiva higrófita. Ocorre em baixa frequência, tanto na floresta primária como nas formações secundárias. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis, amplamente disseminadas pela avifauna que se alimenta de seus frutos.

Informações Silviculturais e Utilização



Obtenção de Sementes. Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no solo após a queda. Despolpá-los manualmente em água corrente dentro de uma peneira. Após a separação das sementes, deixá-las secar à sombra. Um kg de sementes contém cerca de 2.413 unidades.

Produção de Mudas: Colocar as sementes ou frutos para germinar logo que colhidos, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais mantidos a meia sombra e contendo substrato organo-arenoso; cobri-los com substrato peneirado e manter a umidade no recipiente de germinação. A emergência ocorre em 25-35 dias, a taxa de germinação é geralmente maior que 80%. O desenvolvimento das plantas no campo é apenas moderado.

Utilização. A madeira é própria para construção naval e civil, e também utilizada para lenha e carvão. Os frutos são comestíveis e saborosos contendo alto teor vitamínico e bastante apreciado por várias espécies de pássaros.




ATA-FEIJÓ
Ephedranthus parviflorus
Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Ephedranthus parviflorus obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae) 
Família: Annonaceae
Espécie: Ephedranthus parviflorus S. Moore
Foto: Francisco Barbosa. 
ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA
                                 
Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.

Morfologia: árvore com ramificações longas, quase perpendiculares ao caule, formando uma copa mais ou menos aberta.

Ecologia: vegeta preferencialmente as florestas de galeria dentro do domínio do bioma Cerrado; em áreas secas ocorre nos limites com a floresta tropical úmida, sendo este o ambiente do Médio Mearim. Apresenta hábito arbóreo, quando em ambiente aberto, como cerrado, caatinga, capoeira são de menor porte 4-12m; quando em ambiente mais fechado, como floresta primária altas e densas chegam aos 20-25m de altura.

OBS: mais estudos são necessários sobre esta espécie, nesta região, a respeito das características morfológicas, fenológicas, silviculturais e sua utilização.



TUTURUBÁ

Pouteria macrophylla


Foto: Francisco Barbosa. ISAM,  Pedreiras - MA



Taxonomia e Nomenclatura

De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Pouteria macrophylla obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Sapotaceae
Espécie: Pouteria macrophylla (Lam.) Eyma

Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.

Morfologia: planta lactescente de 10-25 m se altura, copa alongada; troco ereto e cilíndrico com 20-45 cm de DAP (diâmetro a altura do peito a um metro do solo), casca fissurada e clara; folhas simples, alternas-espiraladas concentradas na extremidade dos ramos, com 7-21 cm de comprimento por 2,2 - 8,5 cm de largura, sobre pecíolo pubérulo de 1-2 cm, com 12-18 pares de nervuras secundárias; inflorescência em fascículos axilares e abaixo das folhas; fruto baga globosa, lisa, com polpa amilácea e adocicada, com até seis sementes.
Fenologia: floresce durante os meses de junho a agosto; os frutos amadurecem de outubro a janeiro.
Ecologia: planta semidecídua, clófita até heliófita, seletiva xerófita, secundária, característica e exclusiva da mata pluvial amazônica e da sua transição para formas mais abertas. Produz anualmente grande quantidade de sementes, prontamente disseminadas pela fauna.

Informações Fitotécnicas e Utilização

Obtenção de sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea ou apanhá-los no solo sob a planta mãe logo após a queda; devem ser abertos manualmente para a retirada das sementes. Um kg de sementes contém aproximadamente 480 unidades, cuja viabilidade em armazenamento é curta.
Produção de mudas: colocar as sementes para germinar, logo que colhidas, em embalagens individuais contendo substrato organo-arenosos e mantidas em abiente de meia-sombra; cobri-las com camada de 1 cm do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia; a emergência ocorre em 4-5 semanas e a taxa de germinação é geralmente baixa.
Utilização: a madeira é utilizada em construção e para obras externas; os frutos, aromáticos e comestíveis, são muito apreciados pela população do Norte do Brasil e comercializados em feiras, são também muito procurados por aves e outros animais silvestres. A espécie se presta para reflorestamento misto, o que a indica para a recomposição da flora ciliar da bacia hidrográfica do rio Mearim.
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SAPUCAIA
Sterculia striata

Foto: Francisco Barbosa. ISAM ,  Pedreiras - MA


Taxonomia e Nomenclatura

De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Sterculia striata  obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Malvaceae (antiga Sterculiaceae)
Espécie: Sterculia striata A. St. –Hil. & Naudin

Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.

Morfologia: altura de 8-14 m, com 40-50 cm de DAP (diâmetro a altura do peito a um metro do solo), tronco revestido por casca pardacenta e rugosa. Folhas simples, suborbiculares a orbiculares, de base cordada e ápice 3-5 lobado, glabras na face superior e tomentosa na inferior com 18-20 cm de comprimento. Flores vermelhas dispostas em panículas apicais e subapicais. Fruto cápsula lenhosa, deiscente, grande e de cor vermelha, que ao se abrir expõe as sementes negras fixas à placentação também vermelha.
Fenologia: floresce durante os meses de dezembro a março; os frutos amadurecem no período de junho a agosto.
Ecologia: planta decídua, heliófita, seletiva xerófita, característica de floresta semidecídua e de transição para o bioma Cerrado. Ocorre preferencialmente em solos profundos e bem drenados, tanto em formações florísticas primárias como secundárias. 

Informações Fitotécnicas e Utilização

Obtenção de sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem sua abertura e a queda espontânea das sementes, ou recolher as sementes no solo após a queda. Levar os frutos ao sol para que completem sua abertura e a liberação das sementes. Um kg de semente contém aproximadamente 400 unidades.
Produção de mudas: colocar as sementes para germinar logo que colhidas e sem nenhum tratamento, diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-arenoso e mantidos em ambiente semi-sombreados. A emergência ocorre em 20-35 dias e a taxa de germinação geralmente é alta. O desenvolvimento das mudas é rápido ficando prontas para plantio no local definitivo entre 4-5 meses; no campo o desenvolvimento é moderado, podendo atingir 2 m aos dois anos.
Utilização: a madeira é utilizada em marcenarias e pasta celulósica. As sementes são consumidas pelo homem e várias espécimes da fauna. A árvore proporciona ótima sombra, podendo ser usada na arborização urbana. Planta pioneira e tolerante a solos secos e pedregosos, sendo utilizada para áreas preservação permanente, como na recomposição da flora ciliar da bacia hidrográfica do rio Mearim.
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Pitomba-de-macaco
Talisia esculenta

Foto: Francisco Barbosa. ISAM,  Pedreiras - MA

Taxonomia e Nomenclatura

De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Talisia esculenta obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Sapindaceae
Espécie: Talisia esculenta (A. St. –Hil.) Radlk

Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.

Morfologia: altura de 6-12 m, de copa globosa densa; tronco com DAP de 30-40 cm (diâmetro a altura do peito a um metro do solo), revestido de casca com ritidoma escamoso. Folhas alternas, compostas pinadas, com 2-5 pares de folíolos oblongo-elípticos a elípticos, com 7-13 cm de comprimento por 3-6 cm de largura. Flores pouco vistosas, brancas, dispostas em panículas terminais. Fruto baga globosa amarela, com polpa carnosa e doce.
Fenologia: floresce durante os meses de agosto a outubro. A maturação dos frutos ocorre no período de janeiro a março.
Ecologia: planta perenifólia ou semidecídua, heliófita e caracterísitica da floresta úmida. É encontrada tanto na mata primária como em capoeira. Adapta-se bem em várzeas aluviais e fundo de vales.

Características Fitotécnicas e Utilização

Obtenção de sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea. Estes podem ser diretamente utilizados para a semeadura, não havendo necessidade de despolpá-los. Entretanto, para armazená-los deve-se despolpá-los. Um kg de sementes contém cerca de 140 unidades.
Produção de mudas: as sementes depois de colhidas devem ser colocas em recipiente individuais contendo substrato organo-argiloso e mantidas em ambiente semi-sombreado; cobri-las com uma camada de 0,5 cm do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 15-30 dias e a germinação geralmente é elevada. O crescimento das mudas no campo é moderado.
Utilização: a madeira serve para uso em construção internas, carpintaria e marcenaria; os frutos são comestíveis e muito saborosos, sendo inclusive comercializados nas feiras das regiões Norte e Nordeste. Espécie indicada para reflorestamentos preservacionistas, como a flora ciliar da bacia hidrográfica do rio Mearim.
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Pau-d’arco-amarelo

Handroanthus serratifolius

Foto: Francisco Barbosa -  ISAM, Pedreiras - MA
Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Handroanthus serratifolius obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Bignoniaceae
Espécie: Handroanthus serratifolius (Vahl) S. O. Grose
Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas
Morfologia: altura de 8-20m, 60-80cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30m do solo), na idade adulta; folhas compostas com folíolos glabros ou pubescentes, de 6-17cm de comprimento por 3-7cm de largura; inflorescência em panículas de corimbos, com flores amarelas.
Fenologia: floresce durante os meses de agosto a novembro com a planta totalmente despida de folhagem; os frutos amadurecem nos meses d outubro a dezembro.
Ecologia: planta decídua, heliófila, característica da floresta pluvial densa (vegetação original do Médio Mearim); é também largamente dispersa nas formações secundárias (vegetação atual da região); prefere solos bem drenados situados nas encostas; sua dispersão é anemocoria (pelo vento).
Informações Fitotécnicas e Utilização
Obtenção de sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando os primeiros iniciarem a abertura espontânea, em seguida deixá-los ao sol para completarem sua abertura e a liberação das sementes; um kg contém aproximadamente 25.000 sementes.
Produção de mudas: as sementes devem ser postas para germinar logo que colhidas, em canteiros ou embalagens individuais contendo solo argiloso rico em matéria orgânica; a emergência ocorre em oito a dez dias e a germinação geralmente é abundante; o desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para o plantio em menos de cinco meses; o crescimento das plantas no campo é moderado.
Utilização: a madeira é de múltipla utilidade; a planta tem uso medicinal por suas propriedades antiinflamatórias e antibacterianas, até agora pesquisadas; a árvore é muito ornamental quando florida, sendo utilizada para paisagismo o que já vem sendo feito em pequena escala nas cidades amazônicas.

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Maçaranduba
Manilkara bidentata
Foto: Francisco Barbosa. ISAM, Pedreiras - MA

Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Manilkara bidentata obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Sapotaceae
Espécie: Manilkara bidentata (Miq.) T. D. Penn.
Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.
Morfologia: altura de 8-28 m, lactescente, de copa densa; tronco cilíndrico, de DAP (diâmetro a altura do peito a um metro do solo) de 45-70 cm de casca acinzentada, com descamamento em placas finas e irregulares; folhas com pecíolo glabro de 1,5-4,5 cm e lâmina oblanceolada ou oblonga de ápice agudo ou obtuso e base obtusa; fruto elipsoide ou globoso, amarelado, liso, de 1-3 cm de comprimento, com 1-2 sementes.
Fenologia: floresce principalmente de junho a setembro; os frutos amadurecem em fevereiro e março.
Ecologia: planta semidecídua, heliófita ou esciófita e seletiva higrófita, característica da floresta amazônica primária de terra firme. A floresta primária do Médio Mearim formava a Pré-Amazônia Maranhense. A dispersão da espécie é irregular.
Características Fitotécnicas e Utilização
Obtenção de Sementes: os frutos podem ser colhidos no solo sob a árvore logo após sua queda natural; depois de alguns dias de repouso em saco plástico para apodrecer parcialmente a polpa, separar as sementes por lavagem em água corrente. Um kg de semente contém cerca de 2.200 sementes.
Produção de Mudas: as sementes devem ser postas para germinar logo que colhidas, em canteiros a meia-sombra preparados com substrato organo-arenoso, cobrindo-as com uma camada do mesmo substrato de espessura igual à sua altura e irrigado duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 70-90 dias, geralmente com baixa taxa de germinação. O desenvolvimento das mudas, bem como das plantas, no campo, é considerado moderado.
Utilização: a madeira é empregada para construção em geral, embarcações, peças torneadas, tacos, chapas e dormentes. O látex é a melhor fonte de balata (conhecida em inglês como “guttapercha”), usado para modelagem, para calafetar embarcação e na fabricação da goma de chiclete. A árvore é produtora de alimento para a fauna; também indicada para a recomposição da flora ciliar da bacia hidrográfica do rio Mearim.


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Mutamba
Guazuma ulmifolia
Foto: Francisco Barbosa. ISAM, Pedreiras - MA

Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Guazuma ulmifolia obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Malvaceae (antiga Sterculiaceae)
Espécie: Guazuma ulmifolia Lam.
Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.
Morfologia: altura de 8-16 m; tronco com 30-50 cm de DAP (diâmetro a altura do peito a um metro do solo), revestido por casca acinzentada com ritidoma escamoso. Folhas simples, ovaladas ou menos comumente elípticas, com 10-13 cm de comprimento por 4-6 cm de largura. Frutos cápsulas equinocárpicas deiscentes, com polpa seca e adocicada.
Fenologia: floresce de setembro a novembro; a maturação dos frutos ocorre em julho-agosto.
Ecologia: planta semidecídua, heliófita, pioneira, característica de capoeira; sua dispersão é ampla, porém irregular e descontínua; pode ocorrer em altitudes de até 800 m, como nas áreas da nascente do rio Mearim, no município de Formosa da Serra Negra, na Serra das Alpercatas.
Características Fitotécnicas e Utilização

Obtenção de Sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no solo; em seguida leva-los ao sol para secar e facilitar a quebra manual do fruto e liberação das sementes. Um kg contém cerca de 164.000 sementes.
Produção de Mudas: colocar as sementes para germinar logo que colhidas, em canteiros a pleno sol, contendo substrato argilo-arenoso, cobrindo-as com uma leve camada do substrato peneirado, e irrigar diariamente. A emergência ocorre em 7-14 dias e a taxa de germinação é baixa. O desenvolvimento das mudas é rápido, ficando prontas para o plantio em menos de cinco meses. O desenvolvimento das plantas no campo também é rápido, podendo atingir 4 m aos dois anos.
Utilização: a madeira é empregada na confecção de tonéis, coronha de armas, construções internas, caixotaria e pasta celulósica. O lenho produz ótimo carvão que pode ser transformado em pólvora de excelente qualidade. A casca fornece material para o fabrico de cordas. A árvore apresenta bela copa que produz boa sombra, podendo ser utilizada na arborização urbana. Seu fruto é comestível pelos animais. È uma espécie da flora ciliar da bacia hidrográfica do rio Meari


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JURUPARANA
Gustavia augusta

Foto: Francisco Barbosa. ISAM, Pedreiras - MA


Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Gustavia augusta obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Lecytidaceae
Espécie: Gustavia augusta L.

Características Morfológicas, Fenológicas, Ecológicas
Morfologia: altura de 6-10m; 20-30cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30m do solo), na idade adulta; folhas concentradas no ápice dos ramos, alternas espiraladas, simples, obovadas, membranáceas, glabras, com nervuras primárias e secundárias imersas na face superior e proeminentes na inferior, de 15-25cm de comprimento; flores bissexuais, actinomorfas, diclamídeas, de cor rósea, vistosas e perfumadas, dispostas em inflorescências racemosas curtas e apicais; frutos pixídios verdes, sublenhosos  e deiscentes através de opérculo, contendo sementes negro-brilhantes parcialmente cobertas por arilo esbranquiçado e doce.
Fenologia: floresce durante grande parte do ano, porém com maior intensidade de julho a outubro; a maturação de seu fruto ocorre após cinco meses do início da florada.
Ecologia: planta perinifólia, esciófita, característica da floresta amazônica (a floresta primária do Médio Mearim integrava o ecossistema pré-amazônico); ocorre preferencialmente na mata de terra firme de solos argilosos ou arenosos e, ocasionalmente na várzea onde atinge o maior porte; está presente também em formações abertas e secundárias (estágio florístico atual da região); sua dispersão se dá por zoocoria (pelos animais).

Informações Fitotécnicas e Utilização
Obtenção de sementes: recolher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no chão após a queda; abri-los manualmente para a retirada das sementes deixando-as secar à sombra; não há necessidade de da retirada do arilo aderente à semente; um kg de sementes contém aproximadamente 870 unidades; a viabilidade em armazenamento é superior a 90 dias.
Preparo das mudas: colocar as sementes para germinar, logo que colhidas, diretamente em recipientes individuais contendo substrato organo-arenoso; cobri-las com uma camada de 0,5cm de substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia, mantendo-as em ambiente semi-sombreado; a emergência ocorre em 40 a 60 dias e a taxa de germinação é superior a 80%; o crescimento das plantas no campo é lento.
Utilização: madeira boa para construção e marcenaria; árvore ornamental pela delicadeza e perfume de suas flores; usada em paisagismo, o que já vem sendo feito na região Centro-Sul, principalmente na arborização de jardins; os frutos são consumidos por roedores e pássaros.


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BORDÃO
Samanea tubulosa
Foto: Francisco Barbosa. ISAM, PEdreira

Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Samanea tubulosa obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Fabaceae-Mimosoideae
Espécie: Samanea tubulosa (Bentham) Barneby; Grimes
Características Botânicas, Fenológicas, Ecológicas
Morfologia: Altura de 4-28m, dotada de copa arredondada e 100 cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30m do solo), na idade adulta. Tronco mais ou menos ereto e cilíndrico, com fuste até 12m de comprimento. Casca castanho-clara, áspera, muito suberosa, tolera fogo. Folhas compostas bipinadas, com eixo comum, pecíolo mais raque tormentoso de 8-28 cm. Pinas opostas ou alternadas, em número de 1-4 pares, com eixo comum de 1-7 cm. Folíolos opostos, discolores, glabarescentes na face superior e tormentosos na inferior, curto-peciolulados, de 2-5 cm de comprimento por 1-4 cm de largura. Inflorescência em capítulos terminais, em agrupamentos de 6-15, cada um com 12-20 flores, sobre pedúnculos de 4-10 cm de comprimento. Fruto legume séssil, indeiscente, 1-2 por capítulo, geralmente eretos, de 10-18 cm de comprimento, com 20-30 sementes.
Fenologia: Floresce durante os meses de agosto a novembro. Os frutos amadurecem no final do período da estação chuvosa (abril a maio). É planta decídua na estação seca. A dispersão de frutos e sementes é autocórica, do tipo balocórica (por gravidade) e zoocórica, sendo o gado importante agente de dispersão.
Ecologia: Planta caducifólia, heliófita, seletiva higrófita, pioneira, característica de savanas amazônicas. Apresenta freqüência geralmente baixa, com dispersão bastante descontínua e irregular ao longo de sua área de distribuição. Ocorre preferencialmente em capoeiras e áreas abertas como colonizadora em várzeas aluviais e beira de rios, onde o solo é bem suprido de água e de boa fertilidade. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, disseminadas por animais domésticos.
Informações Fitotécnicas e Utilização
Obtenção de sementes: colher os frutos (vagens) diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea ou recolhê-los no chão sob a planta-mãe logo após a queda. Em seguida devem ser abertos manualmente para a retirada das sementes. Um kg contém aproximadamente 1.200 sementes. As sementes podem ser conservadas em câmara seca (0°C a 3°C) em recipientes fechados por vários anos, com pouca perda da viabilidade.
Produção de mudas: como tratamento pré-germinativo as sementes devem ser escarificadas em ácido sulfúrico concentrado, por um a dez minutos. Colocar as sementes para germinar logo que colhidas, em canteiros de semeadura em pleno sol, contendo substrato organo-arenoso. Cobri-las com uma camada de 0,5 cm do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 4-6 semanas, e a taxa de germinação geralmente é baixa. Pode ser plantado a pleno sol, puro ou em plantio misto. Crescimento das plantas no campo é rápido. Árvore que proporciona uma boa sombra, podendo ser usada em pastagens.

Utilização: A espécie pode ser usada na recomposição da flora ciliar da bacia hidrográfica do rio Mearim. A madeira é empregada para marcenaria, mourões e lenha. A vagem é forrageira para o gado. É espécie adequada para a produção de papel e celulose. Essa espécie apresenta 5% de tanino condensável na casca com rendimento em tanino com 15,7%. Com flores vistosas é uma árvore propícia à ornamentação. Planta melífera com boa produção de néctar e por essa condição as abelhas são vetores de sua polinização.
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AXIXÁ
Sterculia excelsa
Foto: Francisco Barbosa. ISAM, Pedreiras - MA

Taxonomia e Nomenclatur

De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Sterculia excelsa obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Malvaceae
Espécie: Sterculia excelsa Mart. 

Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas. 

Morfologia: altura de 25-35 m, dotada de copa pequena e densa; tronco ereto e cilíndrico com 40-60 cmde DAP (diâmetro a altura do peito a um metro do solo); revestido por casca rugosa comfissuras longitudinais, de cor acinzentada; folhas simples, alternas-espiraladas, com pecíolo áspero de 1-5 cm, limbo oblongo, de ápice obtuso, coriácea, face superior glabra e bulada de cor verde escura, e a inferior verde-amarelada, nervuras salientes, 15-25 cm de comprimento por 5-12 cm de largura; inflorescência em panículas axilares ferrugíneo-tormentosas concentradas na extremidade dos ramos com flores avermelhadas; frutos capsula lenhosa, deiscentes e serícea.

Fenologia: floresce principalmente em dezembro-janeiro, os frutos amadurecem emfevereiro-março.

Ecologia: planta secundária, semidecídua, heliófita ou esciófita, seletiva higrófita, característica da floresta tropical amazônica de terra firme (a floresta primária do Médio Mearim integrava a floresta da Pré-Amazônia Maranhense), apresenta geralmente frequência de ocorrêncianatural baixa e distribuição irregular. 

Informações Fitotécnicas e Utilização 

Obtenção de Sementes: os frutos podem ser colhidos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea, ou recolher as sementes no solo após sua queda natural, visto que estas caem antes dos frutos; os frutos devem ser deixados secar á sombra até completar a abertura; um kg de sementes contém cerca de 240 unidades.

Produção de Mudas: a germinação deve ser procedida logo que colhidas assementes, em embalagens individuais deixadas a meia-sombra em substrato organo-arenoso, cobertas com camada do mesmo substrato; a emergência demora de 30-40 dias, a taxa de germinação é baixa; o desenvolvimento das plantas no campo é considerado rápido.
Utilização: a madeira serve para a construção de artefatos leves e pasta celulósica; árvore de crescimento rápido e produtora de alimento para a fauna; é recomendada para reflorestamento misto destinado à preservação, como a da flora ciliar da bacia hidrográfica do rio Mearim.
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Angico
Anadenanthera macrocarpa

                                                                           Taxonomia e Nomenclatura
Foto: Francisco Barbosa. ISAM, Pedreiras - MA
De acordo com o sistema de classificação AGP II – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Anadenanthera macrocarpa obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Fabaceae-Mimosoideae
Espécie: Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan
Características: Botânicas, Fenológicas, Ecológicas
Morfologia: Altura de 13-20 m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro, revestido por casca que varia de uma forma quase lisa e clara até rugosa ou muito fissurada e preta; seus ramos novos podem se apresentar espinhentos. Folhas compostas bipinadas, de 10-25 jugas; pinas de 7-11 cm de comprimento, com folíolos rígidos. Flores amarelo-esbranquiçadas, reunidas em umbrelas globosas e longo-penduculadas. Fruto legume deiscente, achatado, de superfície áspera e de cor marrom, contendo 5-10 sementes orbiculares (com o contorno de um círculo ou quase) dotadas de pleurograma.
Fenologia: Floresce de setembro a novembro com a planta quase sem folhas. Os frutos (vagem) amadurecem em agosto e setembro.
Ecologia: Planta decídua, pioneira, heliófita e seletiva xerófita, característica das capoeiras e florestas secundárias. Ocorre preferencialmente em terrenos altos e bem drenados, chegando a formar agrupamentos quase homogêneos. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
Informações Fitotécnicas e Utilização
Coleta de Sementes: Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Em seguida levá-los ao sol para que se complete sua abertura e liberação das sementes. Um quilograma contém aproximadamente 7.600 sementes. As sementes devem ser armazenadas em câmara fria e seca (T = 18 C e UR = 60%), embaladas em saco plástico.
Produção de Mudas e Plantio: Colocar as sementes para germinar, logo após que colhidas, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-arenoso. Cobri-las com uma leve camada do substrato peneirado e irrigara duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 5-8 dias e a taxa de germinação geralmente é alta (mais de 80%). Depois de germinadas devem ser colocadas em sacos plásticos. Pode ser plantado em plantio puro a pleno sol, com bom desenvolvimento e expressiva regeneração natural por sementes. Quando consorciada com espécies pioneiras ou plantada em faixas abertas em capoeira, desenvolve melhor forma de fuste.
Utilização: A espécie pode ser usada na recomposição da flora ciliar da bacia hidrográfica do rio Mearim. A madeira é própria para construção, principalmente vigas, assoalho e naval. Também é usada em marcenaria. Apresenta rápido crescimento, podendo ser aproveitada com sucesso para reflorestamentos mistos de áreas degradadas, podendo atingir produtividade de até 25 m³/ha/ano. Sua florada é melífera.

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CABO-MACHADO
Pterodon emarginatus
Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Pterodon emarginatus obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Fabaceae (Leguminoseae)
Espécie: Pterodon emarginatus Vogel





Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.
Morfologia: altura de 8-16m, copa alongada, DAP (diâmetro à altura do peito) 30-40 cm, revestido de casca pardo-amarelada. Folhas alternas (tipo de inserção onde apenas uma folha é produzida em cada nó), com 20-36 folíolos oblongos a lanceolados, de 3-4 cm de comprimento por 1 cm de largura. Flores esbranquiçadas ou róseas, dispostas em panículas (cachos). Fruto pterocarpo (com membranas em forma de asa que auxilia na dispersão pelo vento.
Ecologia: planta decídua (perde as folhas no período mais seco), heliófila, característica de solos secos. Sua dispersão é irregular e descontínua, ocorrendo em agrupamentos densos e muitas vezes até em populações puras. Planta nativa; não endêmica no Norte (TO, RO), Nordeste (MA, PI, CE, BA), Centro-Oeste (MT, GO, DF, MS), Sudeste (MG, SP); Vegeta em áreas de transição do Cerrado para a Floresta.
Fenologia: floresce em maio-junho. A maturação dos frutos verifica-se de outubro à novembro com a planta já quase totalmente despida da folhagem.
Informações Silviculturais e Utilização
Obtenção de Sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no solo após a queda. Os frutos assim obtidos podem ser diretamente utilizados para semeadura, ou abertos manualmente para a retirada da semente; essa seria a situação ideal, entretanto como é uma operação trabalhosa, pode-se cortar uma de suas extremidades e semeá-los dessa forma. Um quilograma de frutos contém aproximadamente 1.200 unidades.
Produção de Mudas: colocar as sementes ou frutos para germinar logo que colhidos, diretamente em recipientes individuais mantidos a meia sombra e contendo substrato organo-arenoso; cobri-los com substrato peneirado e manter a umidade no recipiente de germinação. A emergência ocorre em 30-50 dias, a taxa de germinação é baixa.
Utilização: a madeira é própria para construção naval e civil. É utilizada na medicina popular no tratamento do reumatismo, dor de garganta, problemas de coluna e até mesmo como depurativo e fortificante, como aponta estudo etnobotânico (verifica as interações entre as sociedades humanas e plantas como sistemas dinâmicos) realizado em trinta cidades do interior de Minas Gerais. Por ser pouco exigente em fertilidade do solo é indicada para reflorestamento misto em áreas degradadas.

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PAU-MARFIM




Agonandra brasiliensis
Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Agonandra brasiliensis obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Opiliaceae
Espécie: Agonandra barsiliensis Miers ex Benth. & Hook. f.


Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA
Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.
Morfologia: planta dióica (apresenta flor masculina e feminina em indivíduos separados) de 8-15m de altura, dotada de copa ovalada com folhas e ramos pendentes. Tronco ereto e cilíndrico, de 15-25cm, com casca muito grossa e suberosa, com sulcos longitudinais profundos, descamando em placas grossas. Folhas simples, brilhantes, glabras (com a superfície sem pelos), de 6-8cm de comprimento por 3,0-4,5cm de largura, sobre pecíolo de 10-15cm de comprimento. Inflorescência em panículas (flores em cacho ou cachos) terminais e axilares, contendo muitas flores pequenas de cor amarelada. Fruto drupa (com semente coberta) globoso (esférico), glabro, com polpa suculenta e pegajosa, contendo uma única semente cada.
Fenologia: floresce durante os meses de agosto a outubro juntamente com o surgimento de nova folhagem. Os frutos amadurecem em novembro e dezembro.
Ecologia: planta decídua (que perde as folhas no período seco), heliófila, característica dos cerrados e mata semidecíduas. Apresenta dispersão ampla e esparsa. Produz anualmente moderada quantidade de sementes viáveis, amplamente disseminadas pela fauna silvestre.


Informações Silviculturais e Utilização
Obtenção de Sementes: colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda ou recolhê-los no solo logo após esta. Deixá-los em saco plástico até a decomposição parcial da polpa para facilitar a remoção da semente através da lavagem em água corrente dentro de uma peneira. Um kg de semente conték aproximadamente 415 unidades.
Produção de Mudas: colocar as sementes para germinar logo que colhidas, em canteiros semi-sombreados ou diretamente em embalagens individuais contendo substrato organo-arenoso. Cobri-las com 1cm do substrato peneirado e irrigar mantendo a umidade do substrato. A emergência ocorre em 70-80 dias e a taxa de germinação é média. O desenvolvimento das plantas no campo é moderado.
Utilização: a madeira é utilizada em marcenaria, para lenha e carvão. As folhas e raízes têm uso medicinal pela população, os frutos são procurados pelos animais. 

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            PITURUNA
 

 Cenostigma tocantinum

Taxonomia e Nomenclatura
De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Cenostigma tocantinum obedece à seguinte hierarquia:
Divisão:Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe:Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Fabaceae (Leguminoseae)
Espécie: Cenostigma tocantinum Ducke
 



 Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA
Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas
Morfologia. Altura de 4-20m, copa ampla e frondosa. Tronco tortuoso com 20-35cm de diâmetro, provido de caneluras mais ou menos longitudinais profundas e irregulares, com casca fina e lisa. Folhas paripinadas (folhas compostas com ápice terminado em par de folíolos), com eixo comum e faces lisas, de 3-10cm de comprimento, sobre pecíolos de 1-3mm de comprimento. Inflorescência em racemos (folhas inseridas com haste ao longo de um eixo), terminais simples de 5-8cm de comprimento. Fruto vagem deiscente, liso, contendo 3-7 sementes.
Fenologia. Floresce exuberantemente durante um longo período do ano, porém com maior intensidade nos meses de agosto a outubro. Os frutos amadurecem logo em seguida de outubro a dezembro.
Ecologia. Planta perinifólia, heliófila ou de luz difusa, seletiva higrófita, secundária, característica da floresta pluvial amazônica de terra firme, com freqüência média, dispersão um tanto descontínua e irregular. Ocorre preferencialmente no interior de capoeira e capoeirão, muito característico do atual bioma do Médio Mearim, em solos argilosos ou arenosos, mas com boa umidade. Produz anualmente grande quantidade de sementes viáveis.
Informações Silviculturais e Utilização
Obtenção de Sementes. Colher os frutos (vagens) diretamente da árvore quando iniciarem a abertura espontânea. Deixá-las ao sol para completarem sua abertura e liberarem as sementes. Um kg de sementes contém aproximadamente 2.400 unidades.
Produção de Mudas. Colocar as sementes para germinar depois de colhidas, em canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-arenoso. Cobri-las com 0,5cm do substrato peneirado e irrigar duas vezes ao dia. A emergência ocorre em 4 a 7 dias com taxa de germinação elevada. Transplantar as mudas para embalagens individuais em 4-5 meses. O desenvolvimento das plantas é rápido.
Utilização. A madeira é utilizada na construção civil. Da madeira é extraído material tintorial de cor verde-azeitona. Árvore muito ornamental, tanto pela beleza da floração como pelo tronco tortuoso e canelado, podendo ser uasada na arborização paisagística.
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PAU-D’ARCO-BRANCO
Tabebuia roseoalba
 


Taxonomia e Nomenclatura

 De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Tabebuia sp obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Bignoniaceae
Espécie: Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith


Foto: Francisco Barbosa. ISAM: Reserva Ambiental. Pedreiras-MA

Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.
Morfologia. Altura de 7-16m, fuste de 40-50cm de diâmetro; folhas compostas trifoliadas, folíolos levemente pubescentes (coberto de pelos curtos, frágeis, porém densos) em ambas as faces, os menores com 6-11cm e o maior com 8-13cm de comprimento; flores brancas ou rosadas dispostas em inflorescências paniculadas (cachos) apicais.

Fenologia. Floresce de agosto a outubro com a planta totalmente despida de sua folhagem; os frutos amadurecem a partir de outubro.

Ecologia. Planta da floresta latifoliada (folhas visivelmente largas); decídua, heliófita e seletiva xerófita; ocorre tanto na mata primária como nas formações secundárias; é esparsamente encontrada na caatinga; produz anualmente muita semente.

Informações Silviculturais e Utilização
Obtenção de Sementes. Colher os frutos diretamente da árvore quando iniciarem a queda espontânea, ou recolhê-los no solo após a queda, deixa-los ao sol para completarem sua abertura e a liberação das sementes. Um kg contém cerca de 71.000 sementes, cuja viabilidade em armazenamento é curta.

Produção de Mudas. Colocar as sementes ou frutos para germinar logo que colhidos, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais mantidos a meia sombra e contendo substrato organo-arenoso; cobri-los com substrato peneirado e manter a umidade no recipiente de germinação. A emergência ocorre entre 8-18 dias e a taxa de germinação geralmente é superior a 40%. O desenvolvimento das mudas é rápido, o mesmo ocorrendo com as plantas no campo.

Utilização. A madeira é própria para construção naval e civil, principalmente para acabamento interno. A árvore é ornamental pela floração e também pela folhagem densa de cor verde-azulada e a forma piramidal da copa. É indicada para reflorestamento em solos secos e pedregosos.

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    PAU-ROXO
    Dalbergia cearensis

                                                                  Taxonomia e Nomenclatura
 
  De acordo com o sistema de classificação AGP III – Angiosperm Phylogeny Group, a posição taxonômica de Dalbergia sp obedece à seguinte hierarquia:
Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)
Classe: Magnoliopsida (Dicotyledoneae)
Família: Fabaceae (Leguminoseae)
   
 Espécie: Dalbergia cearensis Ducke 

 Características Morfológicas, Fenológicas e Ecológicas.

Morfologia. Altura de 5-8m, copa pequena e rala, com folhagem caduca (perde as folhas durante o período mais seco do ano); fuste ereto e ramos tortuosos, de 15-25cm de diâmetro, revestido por casca quase lisa  e acinzentada que quando velha se desprende em placas finas e retangulares. Folhas compostas pinadas (dividida de tal forma que a nervura central forma um eixo alongado onde se inserem segmentos ou folíolos), com 5 folíolos alternos, pecíolo de 3-4cm de comprimento. Inflorescência em panículas axilares compactas, com flores branco-amareladas e aromáticas.

Fenologia. Floresce no início da estação chuvosa (dezembro-fevereiro). Os frutos amadurecem em julho-agosto.

Ecologia. Ocorre na caatinga e na sua transição para a floresta estacional, sempre em solos férteis. Planta secundária, heliófita e seletiva xerófita, com dispersão ampla, porém irregular. Seus frutos apresentam eficiente sistema de dispersão pelo vento.

Informações Silviculturais e Utilização
Obtenção de Sementes. Colher os frutos diretamente da árvore quando adquirirem coloração paleácea e bate-los para que soltem as sementes complementando com esfregamento manual. Um kg de sementes contém cerca de 2.600 unidades.
Produção de Mudas. Colocar as sementes ou frutos para germinar logo que colhidos, em canteiros ou diretamente em recipientes individuais mantidos a meia sombra e contendo substrato organo-arenoso; cobri-los com substrato peneirado e manter a umidade no recipiente de germinação. A emergência inicia com menos de 7 dias e a taxa de germinação é superior a 50%. O desenvolvimento das plantas no campo é rápido, porém as mudas são sensíveis após o transplante.

Utilização. A madeira é decorativa e indicada para mobiliário de luxo, instrumentos musicais e tronearia em geral. A árvore tem características ornamentais.